quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Criação com apego

Regras que não existem

Diz-se muito que criação com vínculo subentende, OBRIGATORIAMENTE, algumas coisas como compartilhar o leito, transportar a criança em slings, amamentar continuadamente até mais de 2 anos, não escolarizar tão cedo e assim por diante.
Mas, entenda: NÃO HÁ REGRAS!
A criação com vínculo não é um manual, um guia, nem pretende ser.
Quando lembramos que grande parte das famílias está justamente buscando um manual, com regras claramente delimitadas, então se explica, em grande parte, um dos motivos da "polêmica" em torno do assunto. Como se pode achar bacana, ou ao menos se interessar por conhecer, algo que não oferece o que eu quero: regras?!
É por isso que livros que supostamente "ensinam" o bebê a fazer tal coisa são tão vendidos. Porque é justamente o que a maioria dos pais e mães querem: que o bebê aprenda a se comportar exatamente como eles querem. O que por si só é uma loucura.
Querer que um filho corresponda às suas expectativas de comportamento é preparar um ser humano para a frustração, a baixíssima auto-estima, para se ver sempre como inadequado e incompleto aos olhos dos pais.
É fácil entender isso: use o adulto como exemplo.
Pense que aquela pessoa que você ama vive exigindo que você seja exatamente assim ou exatamente assado e que você se comporte desta ou daquela maneira, sempre. E que se você não se comportar assim, então você é quem está errado, e você, então, precisa APRENDER A SE COMPORTAR.
Isso nega a sua individualidade, nega a sua liberdade, a sua característica ímpar como ser humano, TE NEGA na sua essência.
É assim que uma criança se sente, sem ter a capacidade de formular um pensamento tão elaborado quanto...  Mas o registro emocional disso fica guardado em locais que, no futuro, o mais breve gatilho é capaz de disparar.
É também por isso que a criação com vínculo não subentende regras.
Porque regras são para pessoas iguais.
E as crianças são seres muito diferentes.
texto extraido do blog: Cientista que virou mãe 

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